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Mensagem por Tatsuya Seg Jan 16, 2012 5:30 am


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Amy ficou sem graça. Logicamente desconfiava que fosse essa tal escolhida, mas o olhar de Esther enquanto lhe dizia isso era quase indecente. Ao mesmo tempo, a novata estava ansiosa, curiosa. O que a aguardava naquela fraternidade, tendo aquela morena petulante, que tanto lhe provocava emoções contraditórias, como sua guia? Que tipo de favores teria que prestar para “agradecer” suas orientações? Enquanto se perdia divagando sobre tantas questões, não notou que ficara sozinha na sala com a presidente da Gama-Tau, que falava alguma coisa ao celular:

“Desculpe-me, mas hoje não posso, tenho afazeres, você sabe quais. Essa semana é cheia de preparativos, preciso estar à frente de tudo... Sim, eu sei que... Não estou fugindo de minhas obrigações... Mas... Sei... Tudo bem, vou arranjar tempo, desculpe-me, certo, no mesmo lugar hoje à noite, beijo.”.

A fala de Esther era tensa, podia-se notar que era interrompida todo tempo do outro lado da linha. Mexia nos cabelos presos, colocava a mão no bolso de trás da calça, como se estivesse incomodada com a conversa. Nem notou o olhar atento de Amy para seus movimentos.

-- Você costuma ouvir conversa dos outros? -- perguntou irritada.

-- Não, não mesmo, desculpe-me. Só estava esperando você desocupar para perguntar algumas coisas, se estiver disponível para mim -- com um jeito manso de falar, até então inédito entre as duas, Amy respondeu a Esther, que parecia desarmar o olhar diante da cordialidade da novata.

-- Tenho algum tempo para você, sim. Pergunte-me o que quiser, dependendo do conteúdo, respondo ou não.

-- Primeiro, por que você...

-- Espera, novata, venha comigo. Vamos ter essa conversa em outro lugar.

A morena saiu puxando a novata pela mão, tão macia e cheia de calor, que provocava um arrepio em Amy, que subia por toda espinha dorsal. Mais que isso, sentia como se tivesse engolido borboletas quando Esther a olhava por cima dos ombros enquanto subiam as escadas.

Chegaram ao quarto no terceiro andar, onde havia apenas um salão grande com um piano de cauda, um violão, equipamentos de som, algumas almofadas no chão, uma bancada, e dois grandes sofás de couro, perto de duas amplas janelas. No final do corredor apenas uma porta, e foi em direção a ela, que Esther levou Amy.

-- Isso é um estúdio?

-- Mais ou menos. Um espaço para música, dança...

-- As meninas tocam?

-- Na verdade, esse espaço é meu. Os instrumentos e equipamentos... Esse andar todo da casa é para a presidente da Gama-Tau -- Esther respondia enquanto abria a porta do seu quarto espaçoso.

Iluminação escassa, uma grande cama de casal coberta por lençóis de linho, perto da janela uma escrivaninha com um notebook ligado e alguns livros. A decoração tinha um tom carmim, contrastando com algumas paredes brancas. Lateralmente uma entrada para o closet generoso, e dentro dele, a porta de acesso ao banheiro, nele, uma banheira clássica. Cada peça tinha um bom gosto inegável, Amy observou tudo com atenção, sob o olhar também atento da dona daquele espaço.

-- Gosta do que vê, novata?

-- Esse quarto deve ser o triplo do tamanho do meu...

-- Você está reclamando do seu?

-- Não, não. Tem espaço suficiente para mim lá...

-- Ah, bom, porque se estivesse ia te chamar de mal-agradecida. Só você, entre as novatas, tem um quarto individual, sabia?

-- Sério?

-- Sim... Isso você tem, graças a mim... Só porque você é minha escolhida.

Amy balançou a cabeça positivamente como se já esperasse tal resposta. Esther então se aproximou da loirinha, puxando-a até uma poltrona branca próxima a sua cama. Pediu que se sentasse, mas permaneceu de pé, de frente para Amy, como se estivesse pronta para ser interrogada.

-- Pronto, agora você pode me perguntar o que quer.

Na altura que Amy estava, seus olhos viam por baixo do moletom o umbigo da morena em meio aquela barriga delineada e deliciosa. Olhou para aquela imagem sentindo seu corpo ser tomado com mais intensidade pelo arrepio, que dessa vez, vinha de suas entranhas.

A morena parecia notar o olhar de Amy em seu corpo, segurou no queixo da moça e o subiu desviando seu olhar para cima, e indagou em um tom mais sarcástico:

-- Perdeu alguma coisa aí, meu bem?

-- Desculpe-me, o que você falou?

-- Nada, esquece... -- Esther sorriu virando de costas para Amy. – Vai me perguntar o que afinal, novata? Não tenho o dia todo!

-- Ah... Então, porque você me escolheu?

-- Isso é fácil, pra te ter nas minhas mãos.

-- Pra?

-- Isso é fácil também, mas... Ainda não é hora de você saber.

-- O que eu terei que fazer por você?

-- Quando eu precisar de algo, eu peço, não se preocupe, você terá muito o que fazer por mim.

O olhar da morena era malicioso, mas Amy não percebeu. Esther falava de costas, enquanto soltava os cabelos, e se sentava à frente do notebook. A novata não conseguia tirar os olhos de cima de Esther. Viu então a morena deixar tocar no seu PC uma música: Hush Hush – The Pussycat Dolls.

Foi se desfazendo do moletom, expondo seu abdome perfeito e sua cintura provocante só com o top, em movimentos lentos, como se fizesse um stripper sensual. Olhou por cima dos ombros para Amy, e disse:

-- Vem tirar meus tênis...

A loirinha estranhou, mas não questionou. Para desamarrar os cadarços do tênis, foi obrigada a se abaixar diante de Esther, e assim, obrigada a ouvir:

-- Eu sabia que te veria aos meus pés, novata...

Amy apertou os olhos numa expressão de ira e soltou os pés da veterana com força, levantando-se imediatamente.

-- Ei... Não é assim que se faz um favor à sua guia... Preciso de um banho... Vou sair, prepara meu banho, loirinha.

Contrariada, Amy olhava para Esther, como se tivesse engolido um dicionário de desaforos.

-- Não tenho o dia todo... Use os sais de banho que estão no armário e coloque pouca espuma.

Enfezada, Amy entrou no banheiro pisando forte, resmungando algo quase inaudível, mas que conseguiram provocar risos em Esther, que estava visivelmente se divertindo com a situação.

Abriu o armário lotado de cremes, sais, óleos. Teve vontade de jogar tudo dentro da banheira de qualquer jeito, mas ao abrir o um dos recipientes, foi tomada por uma sensação boa, era sua memória trazendo à tona aquele cheiro, de um momento que ela não sabia qual era. Enquanto enchia a banheira, foi abrindo o vidro de shampoo, fechou os olhos e viajou naquele cheiro... Era familiar, mas não identificava de onde.

Foi sentindo os cheiros, escolhendo alguns sais e preparando o tal banho para Esther, que surgiu à porta envolvida somente por uma toalha branca. Os cabelos estavam presos de novo, mas dessa vez, a nuca estava exposta. Amy quase parou de respirar diante daquela visão.

-- Meu banho está pronto?

Ainda extasiada com a visão, Amy limitou-se a balançar a cabeça positivamente, enquanto Esther abaixava-se tocando a espuma que crescia na banheira. Olhou para trás como quem procurasse platéia, sedutoramente ergueu-se, deixando sua toalha cair, o queixo de Amy caiu junto... Seu coração acelerou, quando a morena voltou-se em sua direção, exibindo seus seios volumosos, mas firmes. As curvas eram simplesmente uma afronta, tamanha beleza. Esther sorriu maliciosa notando a perturbação que causou na novata:

-- Parece que você acertou na escolha dos sais...

Entrou na banheira lentamente, mordeu o lábio inferior quando se acomodou no meio da espuma, divertindo-se com a face ruborizada da loirinha, que fez menção de sair do banheiro.

-- Aonde você pensa que vai? Não te dispensei ainda...

-- Mas... Você está tomando banho... Pra que você precisa de mim ainda?

-- Está vendo aquela esponja ali? -- apontou para um conjunto de escovas e esponjas em cima do box.

-- Sim... -- Amy olhou desconfiada.

-- Pegue então... Preciso que você esfregue minhas costas.

Amy parecia travada, não tinha forças para mover as pernas, as sentia trêmulas. Suas mãos suadas se escondiam no bolso da frente do short, mas se esforçou para seguir a ordem da sua irmã guia. Pegou a esponja, e com receio, caminhou até a lateral da banheira, sentando-se diante das costas de Esther, que olhava por cima dos ombros.

-- Estou esperando, loirinha...

A novata contemplou as costas e a nuca de Esther com desejo. Um desejo que sequer entendeu. Deslizou a esponja por ela com movimentos suaves, quase que ritmados. Acidentalmente, seus dedos escapavam da esponja promovendo o contato com a pele de Esther, que se eriçava com o gesto. Notou agora mais de perto, os arranhões em seus braços e impulsivamente perguntou:

-- As unhas são de uma irmã?

-- Como?

-- As marcas de unhas nos seus braços...

Esther olhou como se estivesse surpresa com a observação, mas não se intimidou.

-- Ah... Isso? Não lembro.

-- Memória parece não ser uma característica da Gama-Tau, não é?

-- Por que diz isso?

-- Por que ninguém lembra do que aconteceu na noite de ontem. Eu nem ao menos sei como foi o tal ritual, a última coisa que lembro é de descer escadas por um corredor frio, vendada.

-- O ritual é secreto, como não sabíamos quem conseguiria cumprir as tarefas, servimos algo que promove, digamos, uma amnésia parcial... Aém de outros efeitos...

-- Outros efeitos?

-- É, loirinha... Deixa vir à tona desejos, instintos... Isso é necessário para a realização do ritual.

-- Então, eu nunca vou me lembrar da noite de ontem?

-- Há quem diga que as lembranças vem em sonho, mas nunca se tem a certeza se foi real ou não.

A conversa das duas transcorria em meio a praticamente uma massagem nas costas e ombros de Esther, que arqueava a cabeça para trás como se tentasse relaxar, mas isso não parecia ser a intenção de Amy, que em um desejo insano, queria tomar a boca carnuda e bem desenhada da morena em um beijo.

Por várias vezes, olhou para os lábios da veterana quando reclinava a cabeça na banheira, desviando imediatamente os olhos quando notava os de Esther se abrindo.

-- Loirinha, pega meu roupão, ali no cabide.

Amy já estava se acostumando em executar as ordens que Esther lhe ditava, especialmente, porque não era difícil estar na presença daquela mulher que tanto lhe despertava reações contraditórias e inesperadas.

Levantou-se e pegou o roupão branco pendurado no cabide, posicionou-se ao lado da banheira com a peça aberta, preparada para vestir o corpo perfeito da morena.

Com a sensualidade que lhe era peculiar, Esther levantou-se do meio daquela espuma, saiu da banheira e foi vestindo o roupão com a ajuda da novata que continuava lhe devorando com o olhar. A loirinha parecia aguardar novas ordens, ficou ali parada diante de Esther olhando ela caminhar para o closet.

-- Esperando alguma coisa loirinha?

-- Não... Eu já posso sair?

-- Você está me pedindo permissão?

-- Não é que...

Esther sorriu divertida, notando que Amy estava irritada com ela mesma por adquirir tal postura de submissão. Olhava para o closet à procura de peças que lhe agradasse, mas não deixava de observar os movimentos de Amy, atrás dela.

-- Não vou mais precisar de você, vou me trocar e sair.

-- Você tem algum compromisso?

-- Você acha que lhe devo satisfações?

-- Não, é que...

Mais uma vez ela sentiu as palavras fugirem do sentido. Amy que sempre se gabou de seu poder de argumentação, diante de Esther se via sem defesas. Qualquer momento com ela era imprevisível, porque seu corpo, suas emoções pareciam não obedecerem a uma lógica racional. Calou-se e simplesmente saiu do closet, com uma pontinha de curiosidade, misturada a ciúme, pois se lembrou da conversa que ouvira no telefone mais cedo. Quando saía do quarto ouviu a voz da morena:

-- Loirinha, espera...

Caminhou até Amy, olhou profundamente em seus olhos verdes, e disse-lhe com um tom de autoridade:

-- Como minha escolhida, Amy, você tem que seguir algumas regras... Você vai notar que as meninas costumam ficarem muito íntimas umas das outras, mas você...

-- Eu o quê? -- Amy lembrou-se imediatamente do cumprimento que vira mais cedo na cozinha entre as colegas.

-- Você é intocável...

-- Intocável? Como uma doente? -- perguntou indignada.

-- Não... Intocável como sagrada... Só eu posso...

Não concluiu o pensamento, aproximou-se dos lábios de Amy, depositando um selo molhado, quente, cheio de malícia.

A novata sentiu uma explosão de tesão naquele gesto tão simples, mas ao mesmo tempo tão intenso. Esther não lhe tocara só os lábios com aquele ósculo, lhe despertara um vulcão de uma libido adormecida. Talvez por isso, a loirinha tentou avançar mais na boca da veterana, sem sucesso. Esther a empurrou com delicadeza, mas firmemente, fechando seus lábios com o dedo indicador:

-- Só eu posso lhe tocar... Você só me toca, quando eu permitir. Agora sim, você está dispensada.

Esther voltou para o closet fugindo do olhar indignado da novata, que se dividia pelo tesão despertado com o pequeno contato de lábios e a raiva de ter sido rejeitada. A morena, por sua vez, sentia por dentro seu corpo queimar, e saboreava a vitória de ter sua mais nova discípula completamente envolvida por sua sedução. Não podia negar que se sentiu tentada várias vezes a invadir a boca de Amy com sua língua, e por último teve que fazer um grande esforço para conter a investida da caloura. Mas tinha ciência que assim se manteria no comando daquele joguinho.

Da janela de seu quarto, uma hora depois, Amy viu Esther subir em uma moto preta, o figurino que usava era o de motoqueira: calça justa e casaco de couro preto, botas cano longo de salto e um capacete no cotovelo.

Observou a morena se acomodar no veículo, ajeitar seus longos cabelos negros dentro do capacete, e antes que pudesse se esconder, Esther olhou para cima, avistando Amy lhe fitando atenta. Por alguns segundos seus olhares se cruzaram, até a caloura fechar as cortinas e iniciar uma sessão de autopunição interna por ter sido flagrada seguindo os passos da veterana, que arrancava na sua moto para um destino desconhecido de Amy.


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Mensagem por Cris Seg Jan 16, 2012 9:40 am

UUUUUUHL anciosa para o proximo capitulo o/
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Mensagem por loveed Ter Jan 17, 2012 12:19 pm

vão matar a coitada!!!
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Mensagem por Day-chan Qua Jan 25, 2012 6:44 pm

Gente, eu juro que não resisto a essa imagem! Uma morena dessas é coisa de louco!
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Mensagem por Yuu-chan Dom Abr 29, 2012 3:50 pm

Uho '0' acho que a Amy quase morreu xD
acho que numa situação destas qualquer uma quase morreria xD
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