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Mensagem por Tatsuya Seg Jun 04, 2012 7:08 am

O caminho de volta para a Gama-Tau bem que poderia ser mais longo para Esther, para dar tempo suficiente a que sua culpa diminuísse. Em casa, não teve coragem de dormir ao lado de Amy uma vez que sentia até sua alma marcada pelo prazer que Michelle tinha lhe dado. Foi para o quintal, e mergulhou na piscina só de lingerie, chorou amargamente o desgosto de ter se rendido a Michelle mesmo que a intenção fosse machucá-la.

Ouvindo o barulho no quintal, Rebeca desceu e viu Esther com a cabeça encostada na borda da piscina:

-- Esther? Está tudo bem?

A morena assustou-se com a voz de Rebeca, uma vez que não notara ninguém se aproximar.

-- Oi Rebeca, sim, está tudo bem... Dentro da minha jaqueta tem um lenço dobrado, guardei lá os cabelos de Michelle para a amostra do DNA...

-- Amanhã mesmo entregarei a Cristina. Obrigada Esther. Mas, você está com uma aparência tão angustiada... Posso ajudar?

-- Essa mulher, Rebeca... Ela desperta em mim o que tenho de pior...

-- Entendo, Esther... Eu sinto muito ter te pedido isso...

-- Não se preocupe, ficarei bem... O meu acerto de contas com Michelle está se aproximando, ela vai pagar por tudo.

-- Vamos subir venha.

-- Não, ficarei mais um pouco.

Rebeca recolheu da jaqueta de Esther o objetivo do sacrifício da moça e, preocupada com o estado que viu a morena, bateu à porta do quarto de Amy pedindo que a loirinha chamasse sua namorada para dormir. Amy desceu apreensiva, levando um roupão:

-- Meu amor... Saia daí está frio, você vai ficar resfriada. Venha.

Esther olhou para Amy, em seguida baixou a cabeça novamente e respondeu baixinho:

-- Não...

-- Meu amor, não vou te deixar aqui, venha comigo.

Esther apenas balançou a cabeça negativamente, sem olhar para sua namorada. Amy então foi tirando seu hobby, ficando apenas com seu baby-doll minúsculo de seda entrou na piscina, virou Esther deixando-a de frente para ela, encostada na borda da piscina e a abraçou forte. A morena não conteve as lágrimas, soluçava no ombro de sua namorada, repetindo:

-- Desculpa, Amy, me perdoa, minha linda...

- Não vamos falar nisso, meu amor...

Beijou suavemente os lábios de Esther, que retribuiu com paixão, acariciando seu corpo por baixo d’água, a morena pediu sussurrando ao ouvido de Amy:

-- Quero você dentro de mim, meu amor.

O pedido era quase suplicante, Esther queria que o amor de Amy tirasse do seu corpo as impressões digitais cravadas de Michelle no seu corpo, e na sua alma. Amy cheia de desejo afastou com seus dedos a calcinha de Esther e atendeu ao pedido de sua amada. Depois de senti-la excitada retirou a peça, Esther envolveu a cintura de Amy com suas pernas enquanto a loirinha penetrava dois dedos com movimentos fortes, ajudadas pelo pouco peso da água, os dedos de Amy deslizavam facilmente para dentro de Esther dando à morena um prazer único e a Amy a satisfação de fazer sua amada gozar. Amaram-se com ternura, mas ao mesmo tempo com volúpia, um desejo incansável de se entregarem naquele ato que para Esther serviu de purificação.

O dia seguinte reservava para Ellen uma desagradável surpresa. Finalmente, as inscrições para disputa a concorrência da presidência da fraternidade começaram, ao tentar realizar a sua com Meredith, a moça recebeu uma recusa que a deixou furiosa:

-- Como assim não posso me inscrever?

-- Já expliquei, Ellen. O episódio que culminou a destituição de Esther do cargo de presidente está sendo investigado e você está envolvida nas investigações.

-- Mas eu fui a vítima! Eu fui agredida por aquela louca! Ela que deve ser punida, não eu!

-- Ellen, essas são as regras.

-- Mas que fraternidade é essa? Que todas não temos os mesmos direitos? Vocês estão protegendo Esther apenas, não estão respeitando a vontade da maioria, criaram essa regra agora para me prejudicar.

-- Como saberíamos que você iria concorrer? Se só hoje você falou isso? As regras dessa fraternidade existem há décadas, não podem ser criadas de uma hora para outra, Ellen.

-- Isso não vai ficar assim... Essa eleição não acontecerá se eu não puder concorrer!

A essa altura, os gritos de Ellen já ecoavam pela casa chamando atenção das demais que estavam se preparando para sair. Rebeca, que estava adentrando na mansão após entregar a Cristina o cabelo de Michelle para os testes de DNA, imediatamente tentou acalmar os ânimos:

-- Senhoritas, por favor! Essa não é a forma de se iniciar um processo eleitoral.

-- Rebeca, Ellen não aceita o fato de não poder concorrer às eleições para presidente.

-- Ellen, se você não está de acordo, faça um documento formal e envie à comissão salientando seus motivos, e aí julgaremos os méritos. O show acabou meninas, vamos lá, dispersando!

Ellen subiu para seu quarto furiosa, sendo acompanhada por Amy que observou toda a discussão de longe. Entrou no quarto da moça a surpreendendo:

-- Aqui se faz, aqui se paga não é, Ellen? Toda sua armação para tirar Esther da presidência, afinal não lhe valeu de nada...

Ellen desviou o olhar para Amy, sorriu sarcástica e falou:

-- Só de tirar a pose daquela vadia da sua namorada já valeu a pena...

-- Lave sua boca para falar de Esther! Você não é um terço da mulher que ela é!

-- Ah tenho certeza que não... Com a vasta experiência que ela tem na cama, haja vista a quantidade que ela já passou... Claro que não chego perto da mulher que ela é.

-- Ora sua...

-- O que, Amy? Vai me bater também? Está aprendendo com Esther a baixar o nível? Eu bem que tentei te abrir os olhos, um desperdício uma mulher como você nas mãos daquela biscate... Mas você é uma idiota, merece ser enganada mesmo!

-- Enganada? Não apela, Ellen, você não vai conseguir nos separar, Esther não me esconde nada... Não mais!

-- Como você é ingênua... Mais que isso, uma idiota! É claro que ela te engana, esconde coisas, aliás, não só ela, deve ser mesmo muito fácil enganar você.

-- Cala essa boca suja! Não acredito em você!

-- Então pergunta a sua mãezinha que me deu dinheiro pra separar vocês duas, o que ela fez para Esther desistir da vingança dela...

-- Vingança? Que vingança? Sei que minha mãe te deu dinheiro, Esther também sabe...

-- Então você sabe também que é prima de Esther? Ela é uma bastardinha, e só está com você pra se vingar do que sua mãe fez a mãe dela no passado...

-- Mas do que você está falando, sua mentirosa!

--Acha que eu estou mentindo? Todos sabem disso, seus pais, até Rebeca sabe. Pergunte a sua mãe, depois você vai ver quem é a mentirosa...

Amy saiu atordoada do quarto de Ellen, relembrando as palavras maliciosas da moça e imaginando o quão absurdas eram suas acusações. Desceu para seu quarto visivelmente tensa, sentia que algo estava muito errado naquela história, como seria possível Esther querer vingar-se de sua mãe? Seria verdade que suas mães se conheceram no passado? Enquanto mergulhava nesse mar de interrogações, Amy lembrou-se do tal caderno que outro dia viu no antigo quarto de Esther, onde viu o nome de solteira de sua mãe escrito nele. Sentiu um frio na espinha imaginando que as afirmações de Ellen podiam ser verdadeiras. Aproveitou a ausência da namorada, a atreveu-se a mexer nas suas coisas, em busca do tal caderno.

Não demorou muito a encontrá-lo entre as roupas de Esther, com certo peso na consciência foi folheando o velho caderno não acreditando no que lia. Com a correria dos acontecimentos, a loirinha esquecera-se de perguntar a sua mãe, conforme Esther orientara, depois que viu o diário de sua mãe com o nome Sandra Williams escrito. Ao ler o que a mãe de Esther escreveu, não conseguia acreditar que Carmem Gonzalez foi o grande amor de juventude de sua mãe.

A leitura do diário da mãe de sua namorada encheu a cabeça de Amy de dúvidas, e se de fato Esther quisesse se vingar de Sandra pelo que sua mãe sofrera? Isso tinha sentido? Lembrou-se das vezes que Esther a humilhou, das vezes que Esther era puro mistério, era grosseira a magoando. Como assim Esther era sua prima? Leu sobre a relação amorosa de Carmem com Wiliam, mas se recusava a acreditar que Esther lhe escondera isso. Tinha que averiguar isso, saber a verdade. Ao encontrar Rebeca, recordando que Ellen revelara que esta sabia do passado em questão, foi astuta em perguntar:

-- Viu minha prima por aí, Rebeca?

Rebeca sorriu e respondeu:

-- Que bom que Esther finalmente lhe contou a verdade, isso é um alívio Amy. Esther foi encontrar-se com sua mãe no hotel.

-- É, ela me contou sim.

-- Então está tudo bem entre vocês?

-- Sim, por que não estaria?

Rebeca achou estranha a reação da jovem e respondeu vagamente:

-- Por nada, minha querida.

-- Pode falar Rebeca, não há mais segredos entre mim e Esther, olha até o diário de sua mãe ela me deu para ler.

-- Muito bom saber disso, Amy. Vejo que nada pode separar vocês agora, Esther merece ser feliz e você está fazendo muito bem a ela.

- É... Bom, vou encontrar-me com minha mãe e ela no hotel então, até mais tarde Rebeca.

Amy saiu ainda mais perdida. Não era possível que seus pais e a mulher que ela tanto amava tivessem enganado-a assim. Continha suas lágrimas no banco traseiro do táxi no caminho até o hotel no qual sua mãe estava hospedada, nas mãos o diário de Carmem, queria explicações de Sandra e Esther acerca do que acabara de descobrir.

Tatsuya
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